Levantamento foi realizado a partir da opinião de 480 entrevistados.

Entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro de 2018, alunos do curso de Administração da Doctum Vitória realizaram uma pesquisa de opinião com o objetivo de desvendar em que nível se encontra o consumo consciente dos capixabas. A pesquisa foi elaborada através de uma amostra de 480 pessoas que atuam profissionalmente no mercado de trabalho formal nos municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória (Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica e Viana).

Todo o desenvolvimento da pesquisa ficou sob a orientação da coordenadora do curso, professora Sheyla Dias Passoni e a análise dos resultados foi realizada pelo coordenador de Extensão, professor Paulo Cezar Ribeiro Silva. A margem de erro para a amostra como um todo foi de 4,6 pontos percentuais (para cima e para baixo), considerando um intervalo de confiança de 95 %.

Para avaliar o grau de consciência dos entrevistados em relação aos seus hábitos de consumo, foram avaliados onze comportamentos praticados em suas rotinas diárias, sendo eles: Economia (hábitos de desligar lâmpadas, desligar eletrônicos, fechar torneiras); Planejamento (hábito de planejar compra de roupas, alimentos, hábito de pedir nota fiscal e leitura de rótulos das embalagens); Reciclagem/reuso (hábito de utilizar verso do papel, separar lixo para reciclagem, reutilizar embalagens e objetos); Compra Sustentável (hábito de adquirir produtos orgânicos e produtos feitos de material reciclado).

Os perfis dos consumidores entrevistados foram estratificados em quatro níveis: Conscientes (aqueles que praticam determinado hábito de consumo muitas vezes); Engajados (aqueles que praticam determinado hábito de consumo poucas vezes); Iniciantes (aqueles que raramente praticam determinado hábito de consumo) e Indiferentes (aqueles que nunca praticam determinado hábito de consumo). Já a amostra do estudo foi estratificada segundo a idade, gênero, faixa etária e renda familiar. Em relação à faixa etária dos entrevistados, 175 deles estão na faixa etária entre 18 e 25 anos, 144 dos entrevistados estão na faixa etária de 26 a 35 anos, 132 pessoas entre 34 e 59 anos de idade e 29 entrevistados com idade acima de 59 anos.

Em relação ao hábito de ler os rótulos e prazo de validade antes de comprar um produto, a pesquisa revela que consumidores do sexo feminino são um pouco mais engajados com este hábito, ou seja, apenas 21,1% deles raramente ou nunca leem rótulos antes da compra de determinado produto. Em relação aos entrevistados do sexo masculino o percentual de rejeição ao hábito de ler rótulos antes das compras sobe para 32,5%

Considerações finais

Os resultados da pesquisa revelaram que os hábitos de consumo focados na “economia” apresentaram consumidores mais conscientes. O hábito de desligar lâmpadas em ambientes desocupados foi a opção majoritária para 81,9% dos entrevistados. O hábito de fechar as torneiras da pia no momento da escovação dos dentes foi a opção de 76,9% dos entrevistados, no entanto apenas a metade dos entrevistados (50,4%) tem o hábito frequente de desligar aparelhos eletrônicos quando não estão sendo usados. Foram ligeiramente mais conscientes os entrevistados do sexo feminino e os de maior faixa etária (entre 36 e 59 anos e acima de 59 anos).

Em relação aos hábitos de consumo focados no “planejamento” o nível médio de conscientização foi um pouco menor do que os focados na “economia”. Foram mais conscientes os entrevistados do sexo feminino, os de maior faixa etária (entre 36 e 59 anos e acima de 59 anos) e de maior renda (acima de R$ 5.000,00). O hábito de planejar a compra de alimentos e outros itens de supermercados foi a opção majoritária para 62,5% dos entrevistados. Já o hábito de planejar com frequência a compra de artigos do vestuário foi a opção para 46% dos entrevistados. O hábito de pedir com frequência nota fiscal e de leitura de rótulos das embalagens foram menores entre os entrevistados, com 43,1% e 39%, respectivamente.

Em relação aos hábitos de consumo focados no “reuso” o nível médio de conscientização foi um pouco menor do que os focados na “economia”. Foram mais conscientes os entrevistados de maior faixa etária (entre 36 e 59 anos e acima de 59 anos) e de maior renda (acima de R$ 5.000,00). A maioria dos entrevistados (68,8%) cultiva o hábito de utilizar o verso do papel como rascunho, neste caso o hábito é mais frequente entre mais jovens (18 a 25 anos), provavelmente por questões econômicas do que de conscientização de reuso. O hábito de reutilizar objetos e embalagens foi a opção de 41% dos entrevistados.

Vale destacar que os hábitos focados na “reciclagem” ainda estão muito baixos, ou seja, apenas 14% dos entrevistados cultivam com frequência o hábito de separar o lixo de casa para a reciclagem. Da mesma forma, os hábitos focados na compra de produtos orgânicos ou feitos de material reciclado também é baixa, ou seja, apenas 14,4% dos entrevistados praticam este hábito com frequência. Nestes dois itens foram mais conscientes os entrevistados de maior faixa etária (entre 36 e 59 anos e acima de 59 anos) e de maior renda (acima de R$ 5.000,00).